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Mulheres em destaque: histórias inspiradoras da aviação brasileira

As mulheres na aviação brasileira têm uma história rica e inspiradora, que remonta ao início do século XX. Apesar dos muitos obstáculos que enfrentaram, elas se tornaram pioneiras em suas áreas, deixando um legado significativo para a aviação no Brasil e para a luta pela igualdade de gênero.

Desde as primeiras mulheres que ousaram pilotar aviões no país, como Ada Rogato e Anésia Pinheiro Machado, até as pilotos de aviação comercial e militares da atualidade, as mulheres têm desafiado as expectativas sociais e superado os desafios para alcançar seus objetivos na aviação.

Além disso, elas têm se destacado em áreas como pesquisa, engenharia e administração aeronáutica, contribuindo para o avanço da tecnologia e da indústria aeronáutica no país.

Neste post, vamos explorar a história das mulheres na aviação brasileira, destacando suas conquistas e desafios, bem como o impacto que tiveram na aviação e na sociedade como um todo.

Ada Rogato

Ada Rogato foi uma das mulheres pioneiras na aviação brasileira. Nascida em 1909 em São Paulo, ela se interessou por aviões desde jovem e aprendeu pilotar aos 17 anos. Em 1932 tira sua licença para voar.

Ada Rogato enfrentou muitos desafios e preconceitos em sua carreira, incluindo a falta de apoio financeiro e a desconfiança dos colegas homens. No entanto, ela continuou a voar e a competir em corridas aéreas, ganhando reconhecimento e admiradores em todo o país.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Ada Rogato se juntou à Força Aérea Brasileira como piloto e instrutora de voo, tornando-se a primeira mulher a servir na FAB. Depois da guerra, ela continuou a voar e a promover a aviação no Brasil, inspirando muitas outras mulheres a seguir seus passos.

Ada Rogato

Ada Rogato faleceu em 1999, mas seu legado na aviação brasileira continua vivo. Ela abriu caminho para as mulheres na aviação e demonstrou que elas são tão capazes quanto os homens em todas as áreas da vida.

Anésia Pinheiro Machado

Anésia Pinheiro Machado foi uma das primeiras mulheres a se tornar piloto no Brasil. Nascida em Minas Gerais em 1900, ela ficou fascinada por aviões aos 12 anos de idade, quando assistiu a um voo de Santos Dumont. Em 1922, com 22 anos, ela se tornou a primeira mulher a obter uma licença de piloto no país.

Anésia teve que superar muitos desafios e preconceitos em sua carreira como piloto, incluindo a falta de oportunidades e o ceticismo dos homens em relação à capacidade das mulheres para pilotar aviões. No entanto, ela continuou a voar e a se dedicar à aviação, tornando-se uma das primeiras mulheres a participar de corridas aéreas no Brasil.

Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, Anésia se ofereceu para ajudar as forças revolucionárias, voando em missões de reconhecimento e transporte de suprimentos. Ela se tornou a primeira mulher a participar de uma guerra aérea na América Latina.

Anésia Pinheiro Macho

Anésia Pinheiro Machado faleceu em 1999, mas sua coragem e determinação deixaram um legado significativo na história da aviação brasileira. Ela abriu caminho para as mulheres na aviação e mostrou que as mulheres podem alcançar grandes feitos, mesmo em áreas dominadas pelos homens.

Mulheres Inspiradoras

A aviação é um setor que envolve uma ampla gama de áreas e profissões, e as mulheres estão cada vez mais presentes em todas elas. Desde pilotos e comissárias de bordo até engenheiras e gestoras, as mulheres estão desempenhando papéis importantes em todas as áreas da aviação brasileira.

Neste post, vamos conhecer algumas dessas mulheres que estão fazendo a diferença na aviação brasileira. Vamos descobrir como elas escolheram suas profissões, quais desafios enfrentaram ao longo do caminho e como estão trabalhando para mudar a percepção da sociedade sobre a presença feminina na aviação. Venha conosco e se inspire com as histórias dessas mulheres que estão conquistando seu espaço na aviação brasileira.

Jéssica Alves

Jéssica Alves é uma profissional da aviação que atua como diretora na Goiás Manutenção de Aeronaves, empresa fundada por seu pai, Donizete Alves. Desde muito jovem, já se encantava pela aviação, mas foi após entender que esse era o lugar onde ela se sentia genuinamente feliz que decidiu seguir carreira na indústria.

Como mulher na aviação, Jéssica enfrentou muitos desafios, incluindo a necessidade de ser aceita e de atender aos padrões impostos pela sociedade de mercado. No entanto, ela encontrou realização em suas conquistas dentro da Goiás, como ter consciência de seu valor e aprender diariamente com seu pai.

Jéssica também destaca a importância de equilibrar sua vida pessoal e profissional, reconhecendo que a vida é composta por cinco áreas: vida espiritual, sentimental, financeira, profissional e familiar. Para ela, é essencial avaliar cada uma dessas áreas e estabelecer metas para melhorar e crescer em cada uma delas.

Para incentivar mais mulheres a ingressar na indústria da aviação, Jéssica acredita que é importante lembrar que toda mulher tem a oportunidade de voar e chegar onde quiser. Ela também destaca a importância de criar uma cultura inclusiva que promova a diversidade e o desenvolvimento de talentos para a indústria.

Por fim, Jéssica admira mulheres como Peggy Withson, que foi a primeira mulher a comandar a Estação Espacial Internacional e é recordista de tempo de permanência no espaço, e Dayse Umbelina, sua sócia no Grupo Goiás, que possui habilidades extraordinárias de liderança e desenvolvimento de pessoas. Para Jéssica, essas mulheres são exemplos inspiradores para outras mulheres na indústria da aviação e em outros setores.

Juni Ane Santin

Juni Ane Santin ingressou na aviação em 2018, no Setor de Escala de Voo de uma companhia aérea regida pelo RBAC 121. Após um ano, migrou para o Setor de Sistema de Gerenciamento de Segurança Operacional (SGSO) da mesma empresa, onde realizou diversos cursos para se capacitar e agregar conhecimento. Em agosto de 2021, com 22 anos de idade, recebeu a oportunidade de exercer a função de Gerente de Segurança Operacional em uma empresa de táxi aéreo, onde permanece até hoje.

Como mulher na aviação, Juni enfrentou o desafio de ser ouvida e respeitada, devido ao preconceito por ser jovem e mulher em um ramo historicamente dominado por profissionais do sexo masculino. No entanto, sua dedicação e comprometimento a levaram a alcançar o cargo de Gerente de Segurança Operacional em uma empresa do setor.

Para incentivar mais mulheres a ingressar na indústria da aviação, Juni acredita que é necessário maior troca de informação, incentivo e exemplo de outras mulheres que já ingressaram na carreira. Além disso, as habilidades mais importantes para trabalhar na aviação são comprometimento, dedicação, boa comunicação, resiliência e muito estudo.

Juni Ane Santin – Gestora de Safety

Juni considera sua experiência mais memorável na aviação até o momento a oportunidade de assumir o cargo de Gerente de Segurança Operacional. Ela vê um futuro promissor na participação de mulheres na aviação, observando cada vez mais mulheres ingressando na área, tendo espaço e assumindo cargos de responsabilidade.

Por fim, Juni aconselha outras mulheres que estão pensando em seguir carreira na aviação a não se abalarem diante dos desafios que possam surgir e a manterem o foco em seus objetivos.

Karla Souza

Karla Souza decidiu seguir carreira na aviação após sentir a sensação de liberdade de voar e conhecer de perto este mundo privilegiado. Porém, apesar de ser um número pequeno, a quantidade de mulheres nesta área enfrenta muitos preconceitos e desconfiança da capacidade feminina.

Karla Souza – Gestora de Safety e SRM

Algumas das realizações mais significativas de Karla na aviação até o momento incluem o seu primeiro voo, o conhecimento detalhado das aeronaves e do pessoal capacitado neste setor, e a aprendizagem do funcionamento de inspeção das aeronaves. Karla equilibra sua vida pessoal com sua carreira na aviação, o que a deixa realizada a cada dia.

Para incentivar mais mulheres a ingressar na indústria da aviação, acredita que é preciso abrir oportunidades de conhecimento na área, incentivos no setor aeronáutico e capacitação de pessoas.

Karla teve várias experiências memoráveis na aviação, mas destacou a conquista de seus certificados do Treinamento em Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO), Prgrama de Prevenção de Substâncias Psicoatias na Aviação (PPSP) e CCT como uma das mais significativas.

Quando questionada sobre o futuro da aviação, especialmente em relação à participação de mulheres, Karla vê um setor muito promissor, já que há cada vez mais participação feminina em vários setores da aviação, como pilotos, mecânicas, gestoras e engenheiras.

Karla realizando inspeção numa aeronave Cessna

Por fim, Karla admira as mulheres na aviação agrícola, já que essa área exige uma qualificação mais arriscada. Ela encoraja outras mulheres que estão pensando em seguir carreira na aviação a correrem atrás de seus sonhos, se dedicarem e acreditarem que conseguirão, assim como muitas outras mulheres que já atuam nessa área.

Débora Bravo Delgado

Débora Bravo Delgado é uma consultora que trabalha no setor da aviação, mas ela caiu de paraquedas na profissão. Antes de trabalhar na aviação, ela era gestora financeira de uma empresa de sapatos feitos à mão. Porém, uma amiga sempre a incentivou a fazer o curso de comissária e, embora ela tenha feito o curso, decidiu não seguir a profissão. Mais tarde, surgiu uma oportunidade para trabalhar no comercial de uma empresa de táxi aéreo de asas rotativas e, após aceitar a proposta, não saiu mais do setor.

Como mulher na aviação, Débora enfrentou o desafio do machismo presente em um meio que é predominantemente masculino. Para ela, é necessário incentivar mais mulheres a ingressar na indústria da aviação, e isso pode ser feito através do conhecimento do mercado, que ainda é um meio muito fechado.

Débora Bravo Delgado – Consultora em Aviação

Para trabalhar na aviação, Débora destaca que as habilidades mais importantes são a comunicação e o conhecimento. Ela também menciona que sua experiência mais memorável foi um voo que fez com um piloto sobre as montanhas de Minas Gerais, com muita emoção.

Quando questionada sobre o futuro da aviação e a participação de mulheres, Débora acredita que as mulheres irão dominar o mundo e que isso já está acontecendo. Ela admira Patrícia Bitencourt, uma aeromoça que a trouxe para o mundo da aviação.

Por fim, Débora encoraja outras mulheres que estão pensando em seguir carreira na aviação, afirmando que não é fácil, mas que vale a pena e que 80% depende do esforço individual para obter conhecimento.

Núbia Pires

“Há 16 anos atrás, recebi a proposta de trabalhar na empresa Global Parts, na área de importação e tributação. Entretanto, o maior desafio que enfrentei foi o fato de estar em um ambiente masculino, o que tornou as vendas ainda mais complicadas quando comecei. No entanto, consegui entrar nas vendas e conquistar meu espaço.

“Equilibrar a vida pessoal e profissional é fácil para mim, já que tenho um companheiro que me apoia e compreende as dificuldades que enfrentamos como mulheres no mercado de trabalho. Infelizmente, muitas empresas ainda enxergam as mulheres com preconceito e acham que elas não são capazes de estar em qualquer lugar. É preciso ter muita responsabilidade e jogo de cintura para lidar com um ambiente machista.”

Núbia pires

“Uma das minhas experiências mais memoráveis foi voar por cima da Floresta Amazônica, indo para Santarém de avião. O futuro da aviação promete grandes realizações, já que estamos em uma época de crescimento em todos os setores.”

“Conheço a Melissa Saunner da Avioparts desde o início da minha jornada na empresa global. Ela já era vendedora e foi uma grande incentivadora para mim. Quero dizer para todas as mulheres que desejam seguir seus sonhos que podem vir sem medo, pois o nosso lugar está garantido. Cada vez mais, estamos conquistando nosso espaço no mercado de trabalho.”

Núbia vê um futuro cada vez mais inclusivo e valorizando o trabalho das mulheres na aviação, com um aumento da participação feminina em cargos de liderança. Entre as mulheres na aviação que ela mais admira estão Ada Rogato, a primeira mulher piloto do Brasil, e a astronauta brasileira Marcos Pontes, pela coragem de romper barreiras e se destacar em um meio predominantemente masculino.

Thaís Brambilla Funari

Desde pequena, Thaís Brambilla Funari sempre soube que queria seguir carreira na aviação. Enquanto outras crianças sonhavam em ser médicas ou veterinárias, Thaís olhava para o céu e dizia que um dia estaria lá. Na adolescência, ela teve um professor de física que compartilhava sua paixão pela aviação e a ajudou a participar de projetos na USP e no Domingo Aéreo para compartilhar conhecimento sobre o setor e inspirar outras pessoas. Esse professor também ajudou Thaís a ingressar em cursos de piloto de helicóptero, comissário de bordo e uma faculdade focada em aviação. Ela agradece a ele por acreditar e motivá-la até hoje.

Algumas das minhas realizações mais significativas na aviação até o momento incluem ter pilotado um helicóptero. Lembro-me da minha primeira aula de voo, onde eu estava muito ansiosa por dentro, mas mantive a calma por fora. Ainda estou trabalhando para finalizar minhas horas de voo, mas está no meu radar. Em relação a equilibrar minha vida pessoal com minha carreira na aviação, não é fácil. Minha carreira exige muita dedicação e tempo, mas sou feliz assim.

Para incentivar mais mulheres a ingressar na indústria da aviação, acredito que é necessário desconstruir a ideia de que essa é uma profissão exclusivamente masculina. É preciso divulgar exemplos de mulheres bem-sucedidas na área e mostrar que não existe profissão destinada a um gênero específico. No meu caso, fui motivada a me destacar na aviação porque pessoas próximas diziam que essa era uma área para homens. Essa afirmação me impulsionou a mostrar que mulheres também são capazes de executar qualquer atividade e serem mais dedicadas. Portanto, acredito que é necessário quebrar os estereótipos de gênero e incentivar mais mulheres a explorar suas habilidades e interesses na aviação.

Thaís considera que, as mais importantes para se trabalhar na área de Safety incluem a capacidade de sempre pensar no “e se”, ou seja, prever possíveis situações que possam levar a acidentes ou incidentes, estar sempre preparado para lidar com pressão e agir com cautela e resiliência. Em relação à minha experiência mais memorável na aviação, foi quando voei de planador e senti uma sensação de liberdade e paz. Quanto ao futuro da aviação, vejo que as mulheres estão aos poucos conquistando seu espaço em todos os setores, acompanhando o crescimento do setor aéreo em todo o Brasil. As oportunidades continuarão crescendo, especialmente para aquelas que buscarem cursos que desenvolvam suas habilidades e as preparem para o futuro. Em relação a mulheres na aviação que admiro, durante a faculdade apresentei um trabalho sobre mulheres na aviação e não consegui admirar apenas uma. Mas confesso que, na época, destaquei Bessie Coleman como a primeira mulher negra e indígena a obter uma licença para voar e a primeira pessoa negra a conseguir uma licença de piloto internacional.

Se você está pensando em seguir carreira na aviação, eu diria que é importante estar ciente de que desafios e dificuldades serão encontradas em qualquer profissão. No entanto, é essencial ser determinada e persistir até o fim. Esteja sempre atualizada e estude constantemente, para estar preparada para as demandas e desafios da área. Lembre-se de que, como mulher, você pode ter que enfrentar alguns obstáculos adicionais, mas isso não deve desencorajá-la. Com dedicação, esforço e habilidades, é possível alcançar o sucesso na aviação.

Natália Nogueira

Natália Nogueira entrou na aviação por indicação de uma amiga que já trabalhava nessa área, e isso se tornou um dos maiores passos da sua carreira.

” Comecei como secretária na empresa Wip Aviação e, com o tempo, fui aprendendo mais sobre a área e me tornei analista de CTM. Foi uma jornada difícil, e houve momentos em que pensei em desistir e chorei muito. Mas cada dificuldade que encontrei no caminho me ensinou algo novo e me fez crescer profissionalmente.”

Natália Nogueira – Analista de Controle Técnico de Manutenção

Apesar das dificuldades, cada dia é um novo aprendizado, e estou sempre buscando soluções para as dúvidas que surgem. Para as mulheres que têm interesse em seguir carreira na aviação, eu diria para não desistirem dos seus sonhos. É verdade que ainda há muito preconceito nessa área, mas é importante que as mulheres ergam a cabeça e lutem pelos seus objetivos. Com dedicação e persistência, é possívl realizar qualquer sonho, e a aviação é uma área que oferece muitas oportunidades para quem quer crescer e se destacar.

Agradecimentos

Neste Dia Internacional da Mulher, gostaria de expressar minha gratidão e admiração por todas as mulheres que fazem a diferença em nossas vidas, especialmente aquelas que trabalham na aviação.

Gostaria de agradecer às entrevistadas que compartilharam suas histórias, experiências e conselhos valiosos sobre a indústria da aviação. Suas palavras inspiradoras mostram que não há limites para o que as mulheres podem realizar na aviação, desde pilotar aviões até trabalhar em segurança de voo.

Também quero agradecer a todas as mulheres na aviação, desde pilotos até comissárias de bordo, mecânicas, engenheiras aeronáuticas e gestoras, que trabalham diariamente para tornar o transporte aéreo seguro e eficiente. Sua dedicação e profissionalismo são inestimáveis ​​e garantem que possamos voar com segurança em todo o mundo.

Que neste Dia Internacional da Mulher, possamos reconhecer e valorizar as contribuições das mulheres em todas as áreas, incluindo a aviação. E que possamos continuar a lutar pela igualdade de oportunidades e pelo respeito por todas as mulheres, para que elas possam perseguir seus sonhos e alcançar seu pleno potencial.

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